Quando os ventos da primavera sopram, eles trazem consigo mais do que flores: trazem a promessa da abundância.
E entre os símbolos que a humanidade guarda em sua memória, a cornucópia, o “chifre da abundância”, surge como oferenda eterna da vida que se renova.
Na antiga mitologia, conta-se que Zeus, ainda criança, foi escondido em uma caverna para se proteger de seu pai, Cronos. Quem o alimentou foi a cabra sagrada Amaltheia, cujo leite sustentou o pequeno deus.
Certa vez, em meio às brincadeiras, Zeus quebrou um dos chifres de Amaltheia e, como forma de agradecimento, abençoou-o: daquele chifre passaria a brotar, para sempre, uma fartura sem fim de frutos, flores e riquezas da terra.
Assim nasceu a cornucópia, símbolo imortal da generosidade divina, da gratidão e da prosperidade.
Na boca espiralada da cornucópia, derramam-se sementes, uvas, grãos e flores, lembrando-nos que a vida é generosa quando caminhamos em sintonia com seus ciclos.
Ela nos ensina que a verdadeira abundância não é o acúmulo, mas a partilha.
Não é o excesso, mas o equilíbrio entre dar e receber.
Um gesto simbólico para atrair prosperidade:
Assim como a cornucópia transborda seus frutos, podemos criar um pequeno ritual em casa para honrar sua energia.
Separe um pote de vidro transparente e preencha-o com grãos como milho, feijão, arroz, trigo ou lentilha, símbolos da fertilidade e da fartura.
Guarde este pote sobre a geladeira, lugar da cozinha que concentra o alimento diário da família.
Ali, o pote de grãos se torna uma cornucópia silenciosa, lembrando-nos todos os dias da abundância que já temos e da prosperidade que ainda virá.
E agora, ao chegarmos à primavera, podemos imaginar cada pétala que se abre como parte dessa cornucópia invisível que a Terra nos oferece.
É o arquétipo da prosperidade boa, aquela que floresce em gratidão, que se expande em alegria, que multiplica sem jamais se esgotar.
Que a cornucópia da primavera derrame sobre nós não apenas riquezas materiais, mas também sorrisos, encontros, afetos e esperança.
Porque toda vez que celebramos a vida, a cornucópia se abre em nosso coração, e dela jorra o infinito.
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