Nem todo arquétipo nasce com forma humana. Alguns se manifestam em objetos que nos acompanham desde os contos mais antigos, discretos, mas essenciais.
A lanterna é um deles.
Ela não fala, não julga, não aponta o caminho. Apenas ilumina.
E ao fazer isso, cumpre o papel de um verdadeiro guia.
Na jornada da alma, a lanterna representa a luz da consciência, aquele lampejo de clareza que surge no meio do caos, o entendimento que brota no silêncio. É símbolo da sabedoria que caminha devagar, como um velho eremita, revelando somente o próximo passo, mas jamais o caminho inteiro.
Ela aparece nos sonhos como farol, vela ou até mesmo como o olhar de alguém que nos guia.
É o que nos faz continuar mesmo quando tudo parece escuro.
Em um mundo onde a pressa ofusca, carregar uma lanterna é escolher a delicadeza da luz pequena, que não cega, mas revela.
É escolher ver, e não apenas olhar.
Você já acendeu sua lanterna hoje?
Talvez ela esteja dentro de você,
esperando que você a encontre.
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